Amor, meu grande amor... |
Publicada em: 08/06/2009
O que exatamente nos leva a dizer “eu te amo”, querido leitor? A busca alucinada pelo apaziguamento, ou o gosto irresistível pelas tormentas? O quê? O que nos faz apostar tanto?
Será um hábito adquirido através dos séculos? O medo ancestral de ser abocanhado pelo desconhecido? Ou a tendência a considerar amável isto que se nos assemelha, isto que nos reflete? Alguém aí pode me ajudar?
O amor... Hoje a minha dúvida toda está centrada no tema amor. O que exatamente nós amamos nos outros? A textura da pele? Os lábios? As pernas torneadas? A definição do abdome? Ou algo mais etéreo, como a alma?
O que nós buscamos tanto, meus amigos? A possibilidade de ser feliz? Ou aquela outra, menos nobre, de ser traído e mal tratado? Será o amor uma coisa doce, cheia de graça e de contentamento? Será o paraíso na Terra? Não sei...
Os amantes que se pronunciem. É a eles que me dirijo hoje. É deles que espero esclarecimentos, argumentos, lamentos. Por que continuam calados? Por que se entreolham assim, cheios de cumplicidade? Vamos! Respondam-me! O que verdadeiramente está por trás da experiência amorosa? O desejo secreto de matar o desejo? A vontade desenfreada de ser espezinhado? Ou a intenção de sumir, de ser tragado pelo outro?
Será alguma flecha? Alguma loucura? Deus? Diabo? Não sei... De onde estou, não posso responder. De onde falo, do centro do furacão, nada posso dizer.
Daqui, só se vê um turbilhão, emaranhado de sensações, ansiedade pelo telefone que não toca, pelo e-mail que não chega, pelas respostas que demoram a aparecer. Daqui, só se vê espera. Espera angustiada, medo de rejeição.
Mas nem só de diabo vive o amor... Daqui, de onde estou, também há frases inesquecíveis, palavras mágicas, beijos, toques, arrepio. Daqui, do olho do furacão, só se vê o resto voando pelos ares.
Vamos! Respondam-me, pelo amor de Deus! O que verdadeiramente está por trás da experiência amorosa?
Nenhum comentário:
Postar um comentário